Resumo
Ao longo do tempo o parto perdeu a configuração de um evento eminentemente fisiológico e ganhou diversas intervenções médicas, essas condutas foram sendo enraizadas na prática do profissional que auxilia a parturiente, no entanto, o excesso de procedimentos medicalizados podem trazer inúmeros prejuízos a saúde física e emocional da mulher, principalmente porque retira da mesma o protagonismo neste evento. Entendemos como violência obstétrica todo e qualquer ato ou procedimento violento e/ou ineficaz utilizado para com a mulher no momento da parturição. Dessa forma, o objetivo desse estudo visou compreender as consequências físicas e emocionais decorrentes da violência obstétrica. De natureza qualitativa, o estudo de caso em questão, contou com a participação de uma mulher que vivenciou a experiência de violência no parto, para coleta de informações foi utilizada uma entrevista semiestruturada composta de questões que trouxeram características psicológicas advindas do seu processo de parturição. Foi possível perceber as dores e o sofrimento vividos pela participante da pesquisa no seu parto, pós-parto e até os dias atuais, sendo assim, constata-se que as consequências da violência obstétrica podem deixar traumas que se perpetuam durante anos, haja vista que é destinada a autonomia e feminilidade da mulher, ou seja, não se limita apenas a maternidade.
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