Um estudo comparativo entre o consumo de álcool e tabaco por adolescentes: fatores de vulnerabilidade e suas consequências
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Palavras-chave

Adolescentes
Álcool
Tabaco
Vulnerabilidade

Como Citar

Melo, C. C., Pichelli, A. A. W. S., & Ribeiro, K. C. S. (2016). Um estudo comparativo entre o consumo de álcool e tabaco por adolescentes: fatores de vulnerabilidade e suas consequências. Revista InterScientia, 4(1), 21–30. Recuperado de https://periodicos.unipe.br/index.php/interscientia/article/view/505

Resumo

A adolescência, mais do que outra etapa do desenvolvimento humano, é marcada por um período de grandes mudanças não apenas corporais, mas psicológicas. Na adolescência, busca-se encontrar liberdade, autonomia, novas experiências e referências. Desta maneira, colocam-se em situações de vulnerabilidade ao consumo de álcool e tabaco. Portanto, este artigo teve como objetivo compreender e analisar os fatores de vulnerabilidade dos adolescentes ao consumo do álcool e do tabaco. Para embasamento do texto, aplicou-se um questionário, organizado por módulos, que comtemplou os seguintes assuntos: características sóciodemográficas, idade do primeiro consumo, frequência e quantidade de consumo, aquisição da droga lícita e motivação para o consumo e suas consequências. A pesquisa se deu na cidade de Campina Grande, em escolas estaduais, da qual participaram 816 adolescentes, sendo estes 334 (40,9%) do sexo masculino e 482 (59,1%) do sexo feminino, com faixas etárias entre 12 e 19 anos. Os dados foram analisados a partir de estatística descritiva e bivariada. Os dados da pesquisa demonstraram que a idade de iniciação para o tabaco foi de 14,36 anos (DP=1,9) e de 13,77 anos para o álcool (DP =1,8), com diferença significativa (p<0,05); 13,1% dos adolescentes utilizam conjuntamente as duas substâncias (r=0,32, p<0,05). Os dados demonstraram que o consumo do álcool está vinculado aos efeitos positivos que ele acarreta: mais simpático e animado e a aceitação dos grupos de amigos e facilitador para relações sexuais; também os fatores emocionais destacaram como facilitadores para o consumo: esquecer coisas ruins e fazer tudo parecer fácil. Quantos aos fatores negativos para o consumo das substâncias psicoativas, 62,9% dos participantes afirmaram não ter tido nenhuma consequência plausível, ao utilizar tais substâncias. Conclui-se, portanto, que os adolescentes não entendem a problemática relacionada ao uso precoce de tais substâncias, não percebendo o consumo como algo nocivo à saúde, o que dificulta a prevenção de futuras patologias e os deixam mais vulneráveis ao adoecimento.

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