Resumo
Introdução: O Atendimento Educacional Especializado (AEE) estabelece que pessoas com deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento e com altas habilidades ou superdotação sejam atendidos em Sala de Recursos Multifuncionais, no contraturno ao do ensino regular, com vistas a complementar ou suplementar a sua educação. Objetivo: Caracterizar e discutir as práticas realizadas no AEE em um município do interior paraibano. Métodos: Participaram desta pesquisa três professoras especialistas que atuam no AEE de quatro instituições de ensino fundamental em um município paraibano. A coleta foi realizada por meio de entrevista estruturada, a partir de um roteiro elaborado especificamente para este estudo. Os dados quantitativos foram analisados de forma descritiva. Para análise dos dados qualitativos, foi utilizada a análise do Conteúdo. Resultados: Quanto à categorização do público atendido pelo AEE, os resultados revelaram que 138 alunos estavam matriculados nos AEE das instituições em que as participantes deste estudo trabalhavam. Destes 76 (82,60%) eram da mesma instituição de ensino e 16 (17,39%) eram de outras instituições. A análise qualitativa revelou que as três participantes colocam como escopo principal do AEE a adaptação do aluno à escola. De modo geral, dificuldades e desafios encontrados pelas professoras especialistas se relacionam à sua formação mais generalista, bem como ao tratamento dispensado por professores e familiares às crianças com necessidades educacionais especiais. Conclusão: Durante a execução do AEE existem divergências em relação ao que se é estipulado pela legislação no que concerne a sua implementação e funcionamento. Tais condições são predispostas por fatores econômicos, condições sociais e familiares.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2024 Revista InterScientia